sábado, 18 de outubro de 2025

 NINO:

FRAKNOI escreveu a seguir:

“Por que o momento do nascimento, e não o da concepção, é crucial para a Astrologia?

A Astrologia parece ser científica para algumas pessoas porque o horóscopo é baseado em um dado exato: a hora do nascimento. Quando a Astrologia foi estabelecida há muito tempo, o momento do nascimento era considerado o mágico momento da criação da vida. Mas hoje sabemos que o nascimento é apenas o final de nove meses de desenvolvimento contínuo dentro do ventre da mãe. Na verdade, cientistas acreditam hoje que muitos aspectos da personalidade da criança são estabelecidos bem antes do nascimento.

Suspeitamos que a razão pela qual os astrólogos ainda consideram a hora do nascimento tem pouco a ver com a teoria astrológica. Quase todos os clientes sabem quando nasceram, mas é difícil — e talvez embaraçoso — identificar o momento exato da concepção.”

(pausa breve, provocador)
E então, Siderato... ele tem um ponto, não? Se a vida começa na concepção — por que a Astrologia não começa ali também?


SIDERATO:

(sorri com leveza, como quem acolhe a pergunta)
Ah, Nino...esta pergunta de Fraknoi é luminosa — e toca o âmago da questão.
De fato, a vida não começa quando o bebê sai do corpo da mãe.
Biologicamente, a concepção é o verdadeiro início:
é ali que o princípio vital se acende,
que a alma começa a desenhar seu corpo,
que o invisível se prepara para nascer.

NINO:

Este mapa da concepção podemos chamar de pré natal?

SIDERATO:

Exato. O mapa do céu de nascimento, o bebe já está pronto para viver fora da mãe O nascimento da criança é outro tipo de começo.

É quando o que era potência se torna presença.
É o instante em que o ser deixa o reino das águas e emerge para o ar —
da sombra para a luz,
do silêncio para o som,
do ventre para o mundo.

NINO:

Nos nascidos em hospital o protocolo é anotar a hora em que o bebê sai do corpo da mãe?

SIDERATO:


O protocolo médico do parto — veja que curioso —
define o nascimento como o momento em que o bebê sai por completo do corpo da mãe,
quando inicia a vida independente.
E nesse ponto, ciência e símbolo coincidem perfeitamente:
porque é ali que o ser respira, reage, se torna corpo autônomo.
É o primeiro instante em que participa das forças planetárias —
da gravidade, da luz, do som, do tempo.

Astrologicamente, esse instante é sagrado.
É o que chamamos de Ascendente:
a “porta de entrada” literal do ser no mundo visível.
Antes disso, tudo é germinação —
um campo de possibilidades, não ainda de expressão.
Mas ao nascer, o “eu” atravessa o limiar,
e o céu, como um espelho, registra a sua chegada.

Por isso o mapa natal é o retrato da manifestação,
o selo do instante em que a consciência encarna no teatro da Terra.

NINO:

Mas existem astrólogos que estudam e consideram o mapa da concepção?

SIDERATO:

(pausa — olha para Nino)
Há, sim, astrólogos que olham também para a origem invisível.
Homens como John Willner, Marc Edmund Jones e Carl Payne Tobey.
Eles desenvolveram métodos para calcular o chamado mapa da concepção,
retrocedendo cerca de 266 dias antes do nascimento,
ajustando o cálculo conforme o ciclo lunar e o tempo gestacional.

Para eles, esse mapa mostra o plano espiritual da encarnação,
a semente da alma, o desígnio invisível.
Enquanto o mapa natal revela como essa semente se desdobra na experiência terrena.

NINO:

a astróloga Eunice Santos comenta:

Eu uso o Método astrológico de Sepharial...

SIDERATO:
,,,,,

NINO:
Se o mapa do nascimento serve para o estudo da personalidade, para que serve o mapa da concepção?

SIDERATO:
,,,,,

Há entre ambos um arco sagrado —
concepção como causa invisível,
nascimento como manifestação visível.
Raiz e flor.
Promessa e revelação.

A Astrologia, Nino, trabalha com o instante em que o campo do ser
se alinha pela primeira vez com o campo do mundo.
É o primeiro fôlego sob o céu,
o ponto em que o relógio cósmico se fixa.
Não é que ignoremos o mistério da concepção —
é que começamos a lê-lo no momento em que a luz o revela.


NINO:
(olhando para cima, pensativo)
Então o mapa da concepção seria... o roteiro invisível,
e o mapa do nascimento, a estreia no palco?

SIDERATO:
(exatamente, com um gesto amplo)
Sim!
A concepção é o ensaio secreto da alma
o nascimento, sua primeira cena sob os refletores do mundo.

Mapa da concepção

 A ideia de um “mapa da concepção” (ou mapa pré-natal) é antiga e fascinante: ela busca o instante em que o espírito, ou a centelha de vida, se une ao corpo físico — antes mesmo do nascimento. É um tema que atravessa a astrologia hermética, a astrologia médica e a filosofia espiritual.

Vamos ver o que se sabe técnica e simbolicamente sobre isso, e como calcular (ou reconstruir) esse momento.


🌱 1. O que é o Mapa da Concepção

Chamado também de Mapa Pré-Natal ou Conception Chart, ele representa o momento em que a vida começa biologicamente e/ou espiritualmente.
Pode ser entendido de três modos:

  1. Biológico – momento em que o óvulo é fecundado pelo espermatozoide.

  2. Energético – momento em que a alma “entra” no embrião, ou quando o campo vital é ativado.

  3. Simbólico/astrológico – mapa derivado do nascimento, calculado retroativamente, como uma “semente” do mapa natal.


🪶 2. Tradição astrológica: do pré-natal à fecundação

a) Tradição ocidental

Autores clássicos como Ptolomeu, Kepler, Sepharial, E.H. Bailey e Dane Rudhyar mencionam a possibilidade de um mapa de concepção, mas quase sempre como um mapa simbólico derivado, não literal.
O cálculo é feito retrocedendo a partir do mapa natal.

Sepharial (The Pre-natal Epoch, 1911) foi o principal sistematizador dessa técnica.
Ele propôs que:

  • O Ascendente do mapa de concepção é igual à posição da Lua no nascimento.

  • E o Ascendente do mapa natal é igual à posição da Lua na concepção.
    Com isso, obtém-se o “momento de concepção” cerca de 266 a 273 dias antes do nascimento, dependendo do caso.
    O cálculo envolve também a posição do Sol, da Lua e o tipo de parto (prematuro ou não).

Essa técnica é conhecida como “Pre-natal Epoch” ou “Epoch of Conception Method”.

b) Tradição esotérica e simbólica

  • Rudhyar via o mapa de concepção como “a matriz arquetípica do ser”, e o mapa natal como “a manifestação concreta dessa matriz”.

  • Alice Bailey, em sua astrologia esotérica, associava a concepção ao instante em que a alma é magneticamente atraída para o embrião — o início da encarnação consciente.

  • Assim, o mapa de concepção seria o modelo invisível, e o mapa natal o modelo visível.


🔢 3. Como calcular o momento da concepção (versão prática simbólica)

Existem duas abordagens principais:

Método 1 – Biológico aproximado

Usando o dado médico ou biológico:

  • Considera-se que a concepção ocorre cerca de 266 dias (±2 dias) antes do nascimento.

  • Assim, basta subtrair 266 dias da data e hora de nascimento para ter uma estimativa do momento da concepção.

  • Se quiser precisão simbólica, ajusta-se conforme o horário de ovulação (14 dias antes da menstruação seguinte, em ciclos médios de 28 dias).

  • Exemplo: nascimento em 10 de outubro às 14h → concepção provável em 17 de janeiro, cerca das 14h (± 2 dias).

Isso dá o mapa biológico médio.

Método 2 – Método astrológico de Sepharial

  1. No mapa natal, anota-se a posição exata da Lua (signo e grau).

  2. Calcula-se um momento em que o Ascendente estava naquele mesmo grau e signo — esse será o mapa de concepção.

  3. Isso normalmente recua o tempo em 266 a 273 dias.

  4. Opcionalmente, ajusta-se conforme a “fase lunar equivalente”: a fase lunar da concepção está em oposição à do nascimento.

Exemplo (simplificado):

  • Lua natal em 10° de Leão → o Ascendente do mapa de concepção deve estar em 10° de Leão.

  • Regride-se o tempo até encontrar esse momento (cerca de 9 meses antes).

Esse mapa é usado para compreender a programação arquetípica da alma, os padrões inconscientes herdados e o propósito de encarnação.


🌔 4. Diferença entre Mapa Natal e Mapa de Concepção

AspectoMapa NatalMapa de Concepção
MomentoPrimeira manifestação físicaSemente espiritual da vida
Elemento simbólicoAr (primeiro sopro)Água (fusão, gestação)
SignificadoExpressão consciente do serIntenção inconsciente ou propósito da alma
Uso astrológicoPersonalidade, destino manifestoPadrões cármicos, pré-disposição, desígnio profundo
PolaridadeYang – exteriorizaçãoYin – germinação

O estudo conjunto dos dois mapas — concepção e nascimento — revela um arco simbólico de encarnação:
da semente (invisível) à flor (visível).


🧬 5. Médias e margens biológicas reais

Do ponto de vista médico, existem médias observadas:

  • A concepção ocorre cerca de 38 semanas antes do parto (266 dias).

  • A variação média entre concepção e nascimento é de ± 7 dias, dependendo de ovulação tardia ou parto adiantado.

  • No caso de cesáreas programadas, pode ser menos (260 dias); em partos pós-termo, mais (até 280).

Essas margens podem ser ajustadas conforme o relato do nascimento e do ciclo menstrual materno, se disponível.


🌺 6. Reflexão final

O mapa de concepção não é apenas uma curiosidade técnica — é uma chave arquetípica.
Ele mostra a semente do destino, o campo de intenção que depois se concretiza no mapa natal.

Podes usá-lo, por exemplo:

  • Para meditar sobre o “contrato de encarnação” do indivíduo.

  • Para explorar o “programa” que precede a personalidade.

  • Ou para observar sinastrias entre o mapa de concepção e o mapa natal — a dança entre alma e corpo.

hora de nascimento

O protocolo oficial do parto, obriga a registar o momento de nascimento como geralmente a saída do corpo do bebe, do corpo da mãe,  início da vida independente.

Quando o bebé deixa o canal de parto no corpo da mãe, “vem à luz” — esse momento representa a entrada no mundo exterior, a separação inicial da mãe no sentido físico-imediato. Em termos astrológicos, poderíamos ver essa hora como o início oficial da individualidade, o instante em que o “eu” emerge.

Escolher esse momento reforça o Ascendente como “porta de entrada” literal ao mundo, enfatizando a expressão externa da alma encarnada recém-chegada. Este momento simboliza a “virada do visível”: antes estava dentro, em ambiente uterino — agora vê-se.
Para a psicologia natal, esse instante pode refletir a forma como o indivíduo se apresenta ao mundo — o “portão” da consciência;


1. Reflexão simbólica e astrológica sobre cada momento

a) Saída do corpo da mãe

Quando o bebé deixa o canal de parto no corpo da mãe, “vem à luz” — esse momento representa a entrada no mundo exterior, a separação inicial da mãe no sentido físico-imediato. Em termos astrológicos, poderíamos ver essa hora como o início oficial da individualidade, o instante em que o “eu” emerge.
Força no mapa:

  • Escolher esse momento pode reforçar o Ascendente como “porta de entrada” literal ao mundo, enfatizando a expressão externa da alma recém-chegada.

  • Pode simbolizar a “virada do visível”: antes estava dentro, em ambiente uterino — agora vê-se.

  • Para a psicologia natal, esse instante pode refletir a forma como o indivíduo se apresenta ao mundo — o “portão” da consciência

Limitações / observações:
  • Em partos complicados ou cesarianas, o momento exato da saída pode estar mais difuso ou medicamente conturbado, o que pode afetar a clareza simbólica.

  • A “saída” não necessariamente coincide com respiração autônoma ou corte de laços – então é um momento de transição, com elementos ainda de ligação materna.

b) Primeira inspiração (respiração autónoma)

Este momento é profundamente simbólico: o bebé respira por si, assume o mundo do ar e da atmosfera, a independência respiratória, a entrada do prana/respiração — que em termos espirituais coincide com “inspirar a vida”.
Força no mapa:

  • Poderia corresponder ao “acender da chama” da vida consciente. O mapa que parte desse instante mostra onde o individuo “respira” na vida: qual elemento, qual casa, qual signo se ativa nesse primeiro fôlego.

  • Esse momento pode acentuar a dimensão interna, vital, do mapa — o que ocorre “logo que respira” pode dar ênfase à motivação, à energia vital, ao impulso de existir.
    Limitações / observações:

  • Nem sempre a respiração autónoma ocorre imediatamente no nascimento — pode haver intervenções, atraso, o que introduz variabilidade.

  • Em hospitais, a anotação exata desse momento raramente está registrada com precisão astrológica — o foco é clínico.

c) Corte do cordão umbilical (ou cessação da pulsação placentária)

Este momento simboliza a desconexão física da placenta/mãe e o bebé assume completamente sua própria circulação e vida, ainda que continue ligado simbólica e emocionalmente. É o “cortar do laço material”.
Força no mapa:

  • Escolher esse momento acentua a autonomia material e circulatória — o indivíduo como sistema independente. No mapa, essa hora pode enfatizar como se dá o “separar” na vida: finanças, recursos próprios, identidade construída.

  • É um símbolo forte de “entrar na própria vida” — já não só emergido, nem só respirando, mas finalmente desligado da fonte originária (placenta) no plano físico.
    Limitações / observações:

  • O intervalo entre nascimento e corte pode variar muito (alguns minutos, mais em partos com atenção especial).

  • Em termos astrológicos, se se espera que o “nascimento” seja marcado no instante mais imediato possível da entrada na vida, pode haver resistência a adotar este momento — por exemplo, se o corte demora muito e a respiração já está ativa.


2. Médias de tempo e dados práticos — o que a literatura mostra

Para trazer fundamento empírico à reflexão, aqui estão alguns dados que encontrei:

  • Um estudo prospectivo observou que a pulsação natural do cordão umbilical em recém-nascidos a termo cessou com mediana de ~ 68 segundos (quartis ~ 54-95 s) após o parto. BioMed Central

    • O mesmo estudo informou que esse intervalo pode variar dramaticamente: “10.00–403.00 s” na gama observada. BioMed Central

  • Em outro ensaio clínico, observaram que a “primeira respiração espontânea” mediana foi de ~14,5 segundos no grupo de corte tardio do cordão e ~10,4 segundos no grupo de corte mais cedo. PMC+1

  • Sobre o corte do cordão (clamping), a American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) recomenda atrasar o corte nos recém-nascidos vigorosos por pelo menos 30-60 segundos após o nascimento. ACOG

  • Em contexto hospitalar prático, um estudo viu que o tempo mediano para clampagem foi ≈ 74 segundos (entre todos os nascimentos observados) e variou conforme cesárea vs vaginal (58 vs 139 s mediana) em ambiente de cuidado neonatal imediato. Frontiers

Síntese numérica:

  • Hora entre “saída do corpo” e “respiração autónoma”: tipicamente poucos segundos (~10-20 s) em nascimentos sem intercorrência.

  • Hora entre “saída do corpo” e “corte do cordão”: em muitos hospitais hoje pendente de protocolos, algo entre ~ 1 a 2 minutos (ou mais) se o corte for atrasado por boas práticas.

  • De modo geral, o “momento oficial” de nascimento é registrado no hospital como o momento da expulsão (“saída”) ou logo a seguir — não é padrão que se espere a respiração ou corte para assinar a hora.


3. Critério hospitalar para anotação da hora de nascimento

Na prática hospitalar, o que achei:

  • O momento que consta como “hora de nascimento” nos registros clínicos é, geralmente, o instante em que o bebé é totalmente expelido (saída do corpo da mãe) ou quando a cabeça/ombros já estão fora e o parto é completado.

  • A literatura não mostra um protocolo universal que exija “primeira inspiração” ou “corte do cordão” como critério para a anotação da hora. Exemplo: a publicação de boas práticas da National Health Service (Inglaterra) para notificações de nascimento fala de notificação “logo que o nascimento tiver ocorrido”, sem definir “primeira respiração” ou “cordão cortado”. NHS England

  • Em ambientes de emergência ou ambulância, há relatos de que a “hora de nascimento” pode ser um pouco aproximada, dependendo das circunstâncias. Reddit

  • Importante: em astropsicologia, muitos aprendem que “há certa margem de erro (alguns minutos)” no registro hospitalar, e por isso a técnica de rectificação existe.


4. Impressão para a prática astrológica e recomendação para o teu trabalho

Como consultor e professor que és, aqui vão sugestões práticas à luz simbólica + técnica:

  • Se o registo for preciso (o certificado de nascimento anota a hora com minutos) e não houver história de parto complicada, eu recomendaria usar a hora de “saída do corpo” — é a convenção mais segura e é o dado que está documentado.

  • Se houver relato de atraso respiratório ou cirurgia/cesárea — então considerar a “primeira respiração” como momento pode trazer uma leitura mais simbólica fiel (respiração = vida).

  • Se o parto foi calmo, mas houve prática de “corte tardio de cordão” ou o bebé permaneceu ligado alguns minutos à placenta — e se quiseres dar ênfase à autonomia corporo-circulatória, podes considerar o “corte do cordão” como momento alternativo. Nesse caso, deixa claro para o consulte que essa é uma escolha simbólica consciente.

  • Documenta no relatório: “Usamos como hora de nascimento o instante X (saída/respiração/cordão), porque… (explicação simbólica)”. Isso dá transparência ao cliente e ele/a entende que há uma escolha consciente.

  • Se houver incerteza de alguns minutos ou se o cliente expressar “eu sinto que meu ascendente está errado a 5-6 minutos” — então podes oferecer a técnica de rectificação como recurso.

  • Integração simbólica: No texto que entregas, podes tecer a metáfora: “Neste mapa natal, vemos que o momento da respiração inaugural se dá em …, e por isso a temática do elemento ar/espírito está acentuada”. Ou “o corte do cordão marca o desligar do vínculo original e aponta para o caminho de autonomia – por isso a casa X, signo Y, ganham importância”.

🔍 O que dizem as pesquisas médicas

Pesquisei por evidências na literatura médica/obstétrica que indiquem que existe um «momento dominante» ou reconhecido para marcar oficialmente o nascimento do bebé — e encontrei dados úteis, embora não específicos para “hora astrológica”.

Saída do corpo da mãe

– Esse é o momento mais clássico em termos de «nasce o bebé» — ele deixa o canal de parto, aparece ao mundo exterior.
– No entanto, não encontrei estudo que diga “este é o momento que se usa para registo astrológico”. A literatura médica não costuma tratar a hora do nascimento com esse grau de simbolismo, e sim com precisão de segundos/minutos para propósitos clínicos (apgar, intervenções neonatais etc).

Primeira inspiração (ou início da respiração autónoma)

– A transição do feto para o recém-nascido envolve o bebê fazer a primeira respiração (inflar os pulmões, circulação se modificar). A fonte da Brigham & Women’s descreve que, ao nascer, o cordão é clamped, o bebé começa a respirar e os sistemas mudam. healthlibrary.brighamandwomens.org
– Essa “primeira inspiração” tem um valor simbólico profundo (o bebé passa de dependente à respiração própria) — mas não achei que haja um protocolo médico universal que aponte que esse momento deva ser o usado para marcar “hora de nascimento” no sentido de registo astrológico.

Corte do cordão umbilical / fim da dependência placentária

– Encontrei bastantes estudos sobre o momento de clampagem/corte do cordão — por exemplo, a recomendação da World Health Organization (WHO) para aguardar ao menos 60 segundos para corte para permitir uma transfusão sanguínea placentária. birthmatters.be+2WPTV News Channel 5 West Palm+2
– Há um estudo que usou vídeo térmico para detectar tempo de nascimento & tempo de clampagem do cordão no bloco obstétrico: mediram que o desvio entre o registo manual e o vídeo era de cerca de 1,8 segundos para “nascimento detectado” e 18,3 segundos para “clampagem”. PMC+1
– Mas isso não significa que o corte do cordão seja oficialmente “a hora de nascimento” para todos os efeitos astrológicos — é antes um parâmetro clínico importante.

Síntese médica

Em resumo: a medicina obriga a registar o momento de nascimento (geralmente saída do corpo / início da vida independente) e também analisa o momento de corte/circulação da placenta. Mas não há consenso médico nem astrológico (nas publicações que achei) que diga “usem X momento” para fins astrológicos.

Ou seja: sim, existem pesquisas que medem com precisão momentos como “nascimento” e “clampagem de cordão”, mas não com a finalidade de definir “hora astrológica” universal.


🔮 Perspectiva astrológica e simbólica

Como consultor/astro‐professor que és, este tema abre uma janela rica de reflexão simbólica — e aqui vão alguns pontos para ponderar:

  • Na Astrologia tradicional/occidental: o momento registado no certificado de nascimento muitas vezes ocupa o lugar como “hora de nascimento” para cálculo do Ascendente (rising) e casas. A fonte da Astrology.com menciona que um horário impreciso “poderá tornar o mapa natal menos confiável”. Astrologia

  • No Jyotish (astrologia védica), há o conceito de lagna como “o primeiro momento de contato da alma com sua nova vida na Terra”. Wikipedia Isso aponta para o momento em que o bebê emerge ou o início da vida autônoma, em sentido simbólico.

  • Dado o caos prático do parto (variáveis médicas: respiração tardia, necessidade de reanimação, corte do cordão pode atrasar…), há margem para incerteza: A hora do registo pode não corresponder ao “momento simbólico” que o astrólogo desejaria usar.

  • Então, tua missão simbólica: escolher qual momento reflete melhor o “nascimento” no sentido que queres — pode ser a saída, a primeira inspiração, ou corte do cordão — e fazê-lo de forma consciente, explicando ao consulente o critério.


🧭 Minha proposta de critério consciente

Para te ajudar (e aos teus clientes) a tomar uma decisão consistente, aqui vai uma proposta de abordagem estruturada:

  1. Verificar o que consta no registo oficial (certificado de nascimento ou hospital). É o dado primário.

  2. Entender o contexto do parto: parto vaginal ou cesárea, se houve atraso na respiração, se o cordão foi cortado imediatamente ou com atraso, etc.

  3. Escolher o “momento simbólico” que fará mais sentido para o mapa:

    • Se quiseres enfatizar a “emergência à luz” → usar saída do corpo da mãe.

    • Se quiseres enfatizar a “inspiração, respiração própria” → usar primeira respiração.

    • Se quiseres focar o “fim da dependência placentária/corte de laços” → usar momento do corte do cordão.

  4. Documentar essa escolha — nos teus relatórios ou textos, explicita que “adotamos o momento X porque …” para que o consulente entenda que é uma opção simbólica, não arbitrária.

  5. Se a hora for incerta, podes usar a técnica de rectificação (ajuste do horário via análise de eventos da vida do indivíduo). Por exemplo, esse método é mencionado na astrologia contemporânea. Wilfred Hazelwood

  6. Chegar à clareza com o cliente — explicar que, embora exista este debate, o uso consciente do momento não tira a validade da leitura, desde que seja consistente e claro.


Se quiseres, posso procurar mais profundamente em bases de dados astrológicas ou histórico-obstétricos para ver se há artigos especificamente astrológicos que debatam essa escolha de momento (saída vs respiração vs cordão). Queres que eu faça isso?

Você disse:
reflete mais sobre cada um desses momentos em relação a força do mapa astral. existe uma média de tempo entre eles? Na prática nos hospitais qual o critério para anotar a hora de nascimento?
O ChatGPT disse:

Muito bom, Hector — vamos refletir com calma, simbólica e técnica, sobre os três momentos que propusemos — saída do corpo da mãe, primeira inspiração, corte do cordão umbilical — em relação à força que cada um pode ter no mapa natal, e também o que a literatura prática e médica indica sobre “médias de tempo” e “critério hospitalar” para anotação da hora de nascimento.



sábado, 21 de junho de 2025

O mapa como portal

O mapa não é um oráculo de promessas fáceis.
É uma mandala viva, onde se pode encontrar respostas profundas e orientação verdadeira para as grandes questões da alma.
Não é uma receita mágica para tomar decisões predefinidas,
mas sim um compasso interior que ajuda a visualizar com clareza o que se tem à disposição para agir com mais consciência, direção e eficiência.

É um espelho simbólico,
um reflexo luminoso do teu ser essencial,
onde se revelam as ferramentas e os tesouros que você trouxe para esta vida.
Uma cartografia sagrada da alma encarnada.
E quando é lido com profundidade, sensibilidade e reverência, não prevê: revela.

Revela estruturas internas moldadas desde a infância,
padrões repetitivos que se ativam sem que você perceba,
e decisões que muitas vezes são sustentadas não por convicção,
mas por hábitos inconscientes,
por lealdades antigas,
por medo da mudança.

Não se trata de resignar-se a um destino escrito nas estrelas,
mas de compreender as chaves celestes do desenho original da alma
para despertar do sono inconsciente que conduz à dor, ao estancamento,
e àquele auto-sabotador sutil que nos afasta do que mais desejamos.

Quando uma pessoa descobre as riquezas arquetípicas de seu mapa natal,
começa a se reconhecer tanto nas sombras quanto na luz.
E a partir desse olhar profundo que brota da auto-observação amorosa,
pode reprogramar os lugares onde se sabota,
onde repete o que já não deseja,
onde age contra sua própria essência.

O mapa, como mandala pessoal, é um portal.
A alma, a viajante.
O corpo, seu templo.
A consciência… a chave mestra que transforma o caminho em milagre.

terça-feira, 5 de julho de 2011

O que é Mapa natal?

por Hector Othon


Introdução

O propósito desta publicação é orientar a iniciação na compreensão de teu Mapa natal. 

Criei o roteiro de estudos pensando em meus clientes e alunos, de tal maneira que sozinhos pudessem se familiarizar com o mapa natal, para facilitar a nossa troca nas consultas ou nos grupos de estudos.

A medida que forem lendo, anotem as sugestões, as dúvidas, o que gostariam que escrevesse com mais detalhes, com mais clareza. Quero que meu texto te seja útil, e ao mesmo tempo te propicie prazer e satisfação ao ser lido, alegria!

Mapa Natal

O mapa natal é conhecido também pelos nomes: mapa astral, carta natal, carta astral, céu natal, horóscopo, horóscopo de nascimento, mapa do céu de nascimento, ou simplesmente, céu de nascimento.
O mapa natal é o desenho estilizado do céu de nascimento, que ressalta o posicionamento do Sol, da Lua e dos planetas nos signos zodiacais no momento do nascimento, referenciado ao local de nascimento. 
No centro do mapa (círculo zodiacal), se encontra a pessoa.
No mapa natal a pessoa é o Centro do Universo e em particular o Centro do Sistema Solar.
O desenho do mapa natal é válido para toda a vida da pessoa. 
Como o mapa natal pode ser válido para toda a vida da pessoa, se a pessoa muda muito com os anos, as vezes até parecendo outra pessoa?
Esta pergunta é muito importante responder. O mapa não é um conjunto de conceitos fechados. O mapa reúne um conjunto de componentes vivos que expressam seus significados em dependência do grau de consciência, sensibilidade e autoconhecimento da pessoa.

O mapa natal e a personalidade

O mapa informa o posicionamento dos planetas nos signos e nas casas, e os aspectos (ângulos) que existem entre eles, estas informações permitem ao astrólogo identificar as características potenciais de comportamento da pessoa, e as pessoas e situações que atrai. Ainda existindo um amplo leque de possibilidades de se expressarem os elementos do mapa natal cada comportamento está relacionado a uma determinada situação astrológica dos planetas.

Mapa natal como fonte inesgotável de informações e orientações

A vida do mapa natal surpreende a quem o sabe interpretar, porque a medida que se adentra mais nele, mais ele mostra.

É por isso que o mapa natal ganha o valor e a profundidade da categoria: mandala, mandala pessoal.

Quando uma pessoa se apropria da linguagem astrológica consegue dialogar com seu mapa. Ela formula uma pergunta sobre si, olha no seu mapa e encontra a resposta. Ela contempla o mapa e de repente o mapa revela qualidades, formas de ser, funcionar que permitem entender o porquê de suas atitudes, comportamentos, desejos e o melhor formular novas programações de atitudes, comportamentos, sentimentos e desejos.

Mapa natal como mapa da Missão de vida

leitura do mapa pode ir muito além de ser uma ferramenta para a iluminação da personalidade mundana, o mapa revela a “Missão de vida”

Estudando a situação astrológica dos planetas e das casas o pesquisador poderá encontrar preciosas dicas de sua missão de vida sugerindo:

  • profissões e serviços que ele poderá ter mais habilidades e competências;
  • o que é fundamental para a pessoa e no que ela se deve firmar
  • como funciona sua mente, sua emoção, o que é para ela fundamental;
  • seus pontos frágeis para que com previdência deverá fortalecer;
  • dando dicas importantes de possíveis mecanismos de autossabotagem;
  • dando dicas em que melhor servir;
  • dando dicas de como melhor se relacionar;
  • e assim informando em qualquer setor da vida as suas riquezas celestiais, ferramentas e orientações de como melhor as usar, praticar, etc.

Entendendo o desenho do mapa

Que prazer em escrever este texto. Sei da cara das pessoas quando por primeira vez veem um mapa!!! O outro dia um amigo me falou: “Hector nem intenta me explicar essa coisa que eu nunca vou entender”. Depois de muita insistência minha e muitos suspiros dele, consegui o fazer entender o desenho de seu mapa e assim espero que aconteça com você que ainda não consegue. Por isso faço questão de te pedir que me informe onde não está claro, onde quer mais detalhes, mais informação, onde quer que experimente outro jeito de explicar.

Clique neste link para acessar o texto: Entendendo o Desenho do Mapa natal

O mapa astral como o desenho do programa que rege a máquina humana

Ao encarnar no planeta Terra, cada ser humano ganha um programa (software) que rege o seu funcionamento automático. Assim como funciona no automático o corpo, funciona a emoção, a mente, a energia. A pessoa, mais que determinar seus atos, acontece.  O mapa natal é o “mapa” ou diagrama desse programa.

Esse programa ou software auto programa-se assimilando informações, o sistema de valores e de costumes que reina na família e cultura a que se pertence. Por isso, além do mapa natal, para entender uma pessoa, também se deve ter em conta a membresia (família, pais, cultura) a que pertence.

Uma função geral que todo ser humano é expandir a consciência, a inteligência e a sensibilidade em 12 setores arquetípicos da vida. A pessoa adquire um conhecimento no seu processo de membresia que vai ampliando, melhorando durante sua vida… ao mesmo tempo vai transmitindo a seus próximos seus ganhos e evoluções e depois morre.

A maioria das pessoas vive em estado mecânico automático e nem percebe. Ela percebe sim, como é difícil mudar quando se propõe sair de sua rotina e jeito automático de ser e de viver.

Com a vida e o estudo de si, a pessoa percebe que além de sua parte mecânica, existe um “eu diferenciado” que questiona o funcionamento automático. Esse eu é conhecido como “eu espiritual ou eu superior”. Ele pode ser identificado por se reger por uma ética que a pessoa vai elaborando enquanto vive de forma inconsciente.

A pessoa, ao ir amadurecendo, percebe que ela é regida por vários “eus automáticos”  e por um “eu diferenciado” que consegue observar o funcionamento de todos os “eus automáticos”, e que se caracteriza pela sua vontade de reger, tomar posse, conduzir.

Muitas pessoas, no automatismo de sua programação de vida (astrológico, eneagrama, DNA), tomam atitudes e vivem de forma mecânica negativa. E ainda que a máquina humana é sofisticada e muito inteligente, não dá conta de certos desafios e por isso sofrem.

À medida que a pessoa vai acordando e percebendo seu automatismo, consegue começar a tomar atitudes mais coerentes com sua verdade interior e certos costumes se tornam obsoletos, ineficazes. Nestes momentos, o eu espiritual pode tomar o poder e se autoreprogramar. Quando a pessoa acorda para esta liberdade nunca mais para até se tornar dona de si.

Na reprogramação dos comportamentos e atitudes da personalidade pode se usar a interpretação das Riquezas e ferramentas celestiais que se tem em cada casa do mapa natal.

As Riquezas celestiais são os Signos, e os Planetas que se tem em cada casa. Eles são as ferramentas que a pessoa consta para viver os assuntos de cada casa.

A maioria das pessoas é regida pelo que chamo da “parte mundana do mapa natal”, que é definida pela pela personalidade que a pessoa constrói na sua vida no seu processo de membresia. A compreensão das Riquezas Celestiais permite a pessoa enxergar outras possibilidades de ser que tem a ver com suas potencialidades celestiais.

O impacto dos trânsitos planetários na programação negativa

As verdades interiores que afloram nos momentos especiais dos trânsitos planetários, acordam revelações e lampejos de consciência de si, que podem estar em contradição. em conflito com atitudes e costumes adotados do sistema familiar e cultural a que se pertence. E assim, a própria máquina poderá entrar em pânico ao constatar o risco da perda de poder de seu automatismo, o que pode levar a pessoa que se confunde com seu automatismo, a sentir a eminência de perigo e entrar em estados mórbidos.

O sofrimento e a dor denunciam a necessidade de aprender com erros e faltas, o aprimoramento e a reprogramação de comportamentos e atitudes, adotados para sobreviver no tempo em que se era ignorante, em relação ao que agora a pessoa percebe de si.

Torna-se importante, neste momento, identificar Tabus e transforma-los em Totens, identificar costumes e valores negativos e os reprogramar segundo as novas necessidades, vontades, desejos e a qualidade do ambiente em que se quer viver.

Se não se souber o que se quer, os posicionamentos e atitudes serão confusos, o que provoca aquela sensação de ser falso, mentiroso, no mínimo indiferente, esquisito, impossibilitado de olhar nos olhos e falar com beleza as verdades pessoais.

As configurações planetárias em curso 2018, desafiam a se tomar o comando de nossa máquina e a reprogramar segundo os valores da nova pessoa em que cada um se torna a cada dia que passa. Ainda que no início as coisas pareçam estar desabando, o aprimoramento e a transformação pessoal, é o melhor caminho. Quem postergar saiba que depois o desafio será mais intenso e provavelmente menos protegido.

Nada mais prazeroso que perceber a própria mecanicidade e o melhor, que se pode tomar o poder e direcionar a máquina humana no melhor das suas potencialidades.

mestre Gurdjieff e seus discípulos, entre outros grandes mestres do século XX, desenvolveram tecnologias do estudo de si e da expansão da consciência, que permitem acordar para estas liberdades do processo humano.

 

Interpretação do Mapa natal

Clique aqui para acessar o texto sobre a interpretação do Mapa natal

 

Mapa tenso

O mapa natal corresponde ao processo de evolução da consciência, da sensibilidade e da inteligência da pessoa ao nascer, por mais tenso e complexo que pareça ser, para a pessoa ele sempre é um projeto para o seu melhoramento e aprimoramento. Está mais que provado que muitas pessoas ilustres e vitoriosas em suas vidas possuem mapas natais muito tensos.

O êxito, o sucesso, o bem-estar, o contentamento, a alegria, a paz, a saúde não depende do mapa, mas da forma como a pessoa se relaciona com seu mapa.

Quando a pessoa se aceita, se acolhe, se ama, se cuida, desenvolve suas potencialidades, aprende a encarar sua verdade e se guiar por seu coração, qualquer mapa conduz a excelência.

Cálculo do Mapa natal

O Cálculo dos dados para elaborar um mapa natal pode ser feito manualmente com o uso das Efemérides e varias tabelas como a dos fusos horários, das latitudes e longitudes, as tábuas das casas. Não é difícil e colabora muito na compreensão do que é o mapa natal.

Cálculo manual do Mapa natal

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Na atualidade o desenho do mapa natal é feito através de software.

Cálculo do mapa natal através de software.

Para acessar o texto do cálculo através de software clique neste link

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Entendendo o desenho do mapa natal Neste texto Hector explica cada um dos elementos constituintes do mapa natal, e te mostra o caminho para você aprender a te relacionar com ele.

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Atividades para iniciar os estudos do Mapa natal Reúne exercícios para se familiarizar com o mapa natal

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Mapa natal tropical, sideral, dracônico

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Local Space. Mapa do Local Space

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